quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

TV - será que é realmente necessaria nos dias de hoje?!!!

reproduzo aqui um texo muito interessante sobre um dos programas de "maior audiencia da Globo".


"Big Brother Brasil, um programa imbecil"  
Literatura de cordel por Amado Barreto

São 25 demolidoras septilhas (estrofes de 7 versos).
Curtir o Pedro Bial / E sentir tanta alegria
É sinal de que você / O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal / É preguiçoso mental / E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo / Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo / Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar / Vai por certo atrofiar / A mente do brasileiro.

Refiro-me ao brasileiro / Que está em formação
E
 precisa evoluir / Através da Educação
Mas se torna um refém / Iletrado, ‘zé-ninguém’ / Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão / Lá está toda a família
Longe da realidade / Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente / Desprovida e inocente / Desta enorme ‘armadilha’.

Cuidado, Pedro Bial / Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador / Desta sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis / Essas girls e esses boys / Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe, / Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis / E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar / Pra te manter e educar / Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal / Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes / Se enchem de calafrio
Porque quando você fala / A sua palavra é bala / A ferir o nosso brio.

Um país como o Brasil / Carente de educação
Precisa de gente grande / Para dar boa lição
Mas você na Rede Globo / Faz esse papel de bobo / Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bial / Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada / E trabalha o dia inteiro
Dá muito duro, anda rouco / Paga impostos, ganha pouco: / Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade / Neste momento atual
Se preocupa com a crise / Econômica e social
Você precisa entender / Que queremos aprender / Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo / Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre / Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza / A malandragem, a baixeza: / Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência / Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam / Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética / Em que vaidade e estética / São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética / Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade / Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente / É um programa deprimente / Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo / “Professor” Pedro Bial
O que vocês tão querendo / É injetar o banal
Deseducando o Brasil / Nesse Big Brother vil / De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço / Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança / Educação e atitude
Porém a mediocridade / Unida à banalidade / Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento / De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso / Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina / A gastar adrenalina / Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo / É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente / Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção / (amantes da educação) / Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial / Um mercador da ilusão
Junto à poderosa Globo / Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor: / Reflita no seu labor / E escute seu coração.

E vocês caros irmãos / Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações / Apoiando essa besteira.
Não dêem sua grana à Globo / Isso é papel de bobo / Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim / Desse Big Brother vil
Que em nada contribui / Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade / Quem lucra é a sociedade / Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor / Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso / Esses milhões desejados
Que são ligações diárias / Bastante desnecessárias / Pra esses desocupados.
A loja do BBB / Vendendo só porcaria
Enganando muita gente / Que logo se contagia
Com tanta futilidade / Um mar de vulgaridade / que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade / E apelo sexual.
Não somos só futebol, / baixaria e carnaval.
Queremos Educação / E também evolução / no mundo espiritual.

Cadê a cidadania / Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos / Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados / e vamos ficar calados / diante de enganadores?

Barreto termina assim / Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco / Reaja à força do mal
Eleve o seu coração / Tomando uma decisão / ou então: siga, animal!

Salvador, 16 de janeiro de 2010

Um comentário: