terça-feira, 24 de março de 2015

Grammy 2015 - Sam Smith X Hozier & Todo O Resto Desapercebido do POP Não Tão Popular....

O Grammy já passou e faz tempo, mas fiquei entalado com alguns "méritos" da cerimônia da música na terra do tio Sam. Ah, o Sam Smith, que alguns tablóides e "malas" apontaram como "a salvação da música dos últimos tempos/dias". Tenho simplesmente a dizer que na minha opinião (e acredito que de muita gente também) não é pra tanto! Seu mega hit "Stay With Me" me remete muito a "Cry For Help", do veterano Rick Astley, sendo que que 'Cry...' tem mais estrutura melódica e lírica do que a que vemos na premiada balada, que tem um verso (mui choroso) e um refrão grudento a la Pablo (sorry, fãs, mas não resisti à comparação). Na apresentação na cerimônia do Grammy a Diva Mary J. Blige coloca vida, e deixa mais evidente ainda a fraqueza da baladinha, que pedia algo mais para a sua majestosa voz. Outro fato que fica muito evidente (além da carência extrema de bons cancioneiros) é que o disco do moço teve as principais indicações da festa, o que significa que vendeu aos tubos, sim – afinal, o Grammy é prêmio de recompensa pra quem vende bem, ou muito. Gente, nem a cantora Sia levou um prêmio!!! Será que foi pelo fato dela cantar (artisticamente valorizando a performance de ilustração da canção 'Chandelier') de costas!!!??? Pecado!!!


O video do Rick Astley - Cry For Help

Outro estreante Hozier – recentemente, e finalmente (!) – colocou no mercado o seu disco de estreia, que merece, sim, todas as atenções. Fico me questionando, 'como um rapaz tão jovem pode conceber algo tão desafiador e equilibrado?!'. Ele, com sua voz de anjo vingador, despeja em nossos ouvidos poderosas canções com melodias sóbrias e, hummm... pop. É um trovador de dissabores, amores e outros bichos escrotos/estranhos relacionados aos amantes ardentes. Há presença de um clímax religioso nas entrelinhas, mas este vem de forma apocalíptica para a cura das dores, sem cair no clichê, pois sabemos que certas feridas causadas pelo tal do amor nem o tempo cicatriza. O que eu quero dizer é que o trabalho do Hozier soa, em sua elegância, sincero, honesto e singelo, ao mesmo tempo que devastador  e com efeito de uma Phoenix, em alguns momentos de desfecho de músicas. Que alívio que tenho (temos) o Hozier, porque nem só de dor de cotovelo vive o homem... mas, de toda palavra ou canção da boca de Hozier!!! Fly away, baby....please! Por favor!!!

Outro grande fator  notável que não foi notado pelo Grammy foi o último disco do front man do Culture Clube, o Boy George, que após anos e anos  estampando capas de tablóides, por uso de drogas, estar gordo, entre tantos outros bichos comuns que vemos no nosso cotidiano, ele "levantou, sacudiu a poeira e deu a volta por cima", com um disco belíssimo e um visual que hoje o apresenta em sua melhor forma e momento. Mas... Não interessa, não é mesmo?! Outra coisa curiosa é nunca termos visto o brilhante Antony Hergaty, da banda 'Antony & The Johnsons', que, com 4 discos na praça, nunca foi mencionado – espero, sinceramente, que por desdém da parte dele, pois não é pra qualquer um, tamanho requinte e bom gosto. Mas, bem que poderia dar as caras e abrilhantar com seu talento nato, essa festa de Katy Perry e Beyoncé. Podia né? NÉ???!!!

O momento mais sublime do Boy George - King Of Everything




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