Aprendi a amar o Natal observando, através dos anos,
alguns efeitos, digamos assim, cicatrizantes. Quer pregado aos quatro ventos ou
imposto por algum setor religioso. O amor e o perdão ficam em maior evidência e
são a pedida nesta época do ano. O clima realmente muda e acredito que seria
maravilhoso ter essa atmosfera durante todo o ano, com a paciência de ouvir o
“outro”, relevando tudo, mas tudo mesmo. Aqui, vou procurar, sem solução
alguma, relevar alguns pontos interessantes dos quais eu não concordo. Pois
bem. Todos estão super a par do cenário musical bizarro em que vivemos hoje.
Sim, sem essa de respeitar o gosto do outro, os estilos e variantes sonoras
estão sendo empurrados goela abaixo sem dó nem piedade, na rua, no seu prédio,
no ônibus, calçadas etc... e você, ironicamente, se pega cantarolando ou até
mesmo assoviando alguma melodia que não faz parte do seu “repertório”, mas como
já disse Caetano, tempos atrás: “é preciso estar atento e forte”. Voltando ao
Natal... já li alguns posts nas redes sociais, não sei se verídicos, a
respeito de que o disco da Simone (25 de Dezembro) estaria vetado de tocar em
algum estado/cidade. Por favor minha gente, e porque não vetam, certas músicas
de expressões e baixo calão? Eu tenho o tal disco da Simone e não vejo nada
demais, além de canções natalinas de uma época que as pessoas procuram se
harmonizar com as outras e celebrar o renascimento de um ser divino ou até
mesmo de uma fé que acredita que as coisas vão se ajeitar. Então, quer dizer
que é chato falar de amor, perdão, conciliação e que as palmas vão ao alto e
urros com músicas que, por sua vez, incitam o ouvinte a ter a bunda como centro
de sua vida, ou até mesmo esfregar a genitália no chão? Por favor. Realmente os
tempos estão críticos e oportunos. Se por um lado comercial o artista, hoje em
dia, (não falo de todos) lança um disco natalino que fica em catálogo, sim,
todo santo mês de dezembro, a partir do ano de seu lançamento, o CD será
reeditado e colocado nas prateleiras. E por que não?! Qual é o artista que faz
um disco pra não ser ouvido ou comprado? Seria uma lista interminável de
lançamentos e projetos natalinos nas mais variadas vertentes a entoar canções
natalinas que os artistas aprenderam quando criança ou quando a gravadora
idealizou o projeto e a causa teve que ser abraçada... Sei que existe muita
verdade e beleza em alguns deles, alguns super equivocados, como o divertido
(sim, morro de rir) Natal de Cavaquinho, que toca entre 11 das 10 lojas da
cidade à exaustão. Mas ia tocar o que, no Natal? Genival Lacerda?!!!
Palmas pra Simone e seu “25imone” (sim,
chamamos ele assim) por ter o privilégio de imortalizar sua voz em canções
celebradas as mais altas patentes mundo afora, as Carol´s possuem uma tradição
medieval e algumas lendas de singular beleza inseridas em suas melodias .
Escolhi esta época como a mais importante do ano para mim, até mesmo por ter
optado por uma vida mais tranqüila e reflexiva, junto a este pacote de bem
estar. Alguns dos meus artistas favoritos estão sendo ouvidos diariamente neste
mês. Entre eles, claro, a Annie
Lennox, que inclusive nasceu na noite de Natal.
Eu tenho o 25 de Dezembro da minha musa,que assim como a sua,também nasceu em um 25 de Dezembro,e daí se a maioria não gosta?
ResponderExcluirCresci ouvindo essas músicas,em um tempo no qual o espírito natalino era realmente valorizado,principalmente nos lares.Concordo,nós podemos entrar nas nossas lojas de departamento,e termos nossos ouvidos massacrados por todo tipo de moda,mas não podemos ouvir o 25 de Dezembro da Sisi,façam -me o favor!
Aliás,o meu disco natalino preferido,claro não poderia ser outro,senão um do Elvis : Elvis' Christmas album.