sexta-feira, 19 de abril de 2013

Annie Lennox & Stephen Lipson Trilogia – Diva/Medusa/Bare!!!



      O mundo de hoje tem sido marcado por trilogias, ou seja, as historias são tão sensacionais que necessitam ser contadas em 3 partes. O mesmo tem acontecido no mundo da musica, vide a trilogia Berlin do David Bowie quando viveu na parte Ocidental da cidade – Low , “Heroes” (1977) e Lodger (1979) .



      Em outra época, Michael Jackson & Quincy Jones brindavam o mundo com Off The Wall (1979), Thriller (1983) e Bad (1987), e me parece que isto acontece quando há uma compatibilidade de idéias geniais partidas do intérprete e captadas também da mesma forma pelo produtor. O que geralmente não pode ser um estrondoso sucesso comercial, mas um resultado significativo de um álbum para qualquer época.



     
     Annie Lennox junto com Dave Stewart como Eurythmics produziram na década de 80 sua trilogia de música experimental/eletrônica, o primeiro disco In The Garden (1981) trazia nada menos que o auxilio de Cony Plank e seguiu com Sweet Dreams Are Made Of This e Touch  (1983). Passado o estrondoso sucesso que após Sweet Dreams onde  foram catapultados a fama, eles permaneceram nas paradas e estradas até que em 1991 a banda anunciou um recesso sem previsão de retorno.



     Annie Lennox afirmou em uma entrevista que tinha sido um desafio seguir em carreira solo, mas ela ficara curiosa em descobrir dentro de si, um artista independente, o mago que pilotou a parte de edição do que foi chamado ironicamente de Diva (1992) foi Stephen Lipson que já foi assistente do Trevor  Horn. Ela apresentou ao mundo canções escritas de forma confessional arrebatadora que fez com que 15 milhões de cópias fossem comercializadas e a critica e público aclamou o álbum como obra prima do pop, e ironicamente ela foi aclamada como A Diva da Musica Pop. Não houve excursão para divulgação do disco, apenas aparições ao vivo em talk shows, como Top Of The Pops entre outros e uma triunfal apresentação no Festival de Jazz em Montreaux. No Grammy de 1993  o mesmo concorreu na categoria de albun do ano. Um home vídeo com 08 das 11 canções ganharam registro visual no DVD Totally Diva, que levou o AMA, Brit Awards e Grammy por longa metragem daquele ano. Neste disco canções como Why, Walking On Broken Glass e Little Bird foram seu maior destaque.A Q Magazine descreveu o disco como “estatua-de-arte-do-soul-pop” Mas Annie sempre foi muito reservada apesar de destemida e se retirou para conceber sua primeira filha Lola, e se concentrar na vida familiar ficando um bom tempo fora dos holofotes da mídia.
     




        Em 1995 chegou o momento de voltar e ela atacou apenas de intérprete. O trabalho também intitulado de Medusa, é uma coleção de clássicos da música britânica, tais como A Whiter Shade Of Pale do Proccon Harlen e Train In Vain do The Calsh. O disco foi recebido com criticas diversas que iam do positivo ao negativo, mas foi neste momento que Annie se firmou como uma verdadeira diva recriando pérolas já consagradas outrora . No Grammy de 1996 o disco recebeu duas indicações levando a de melhor vocal feminino  por No More “I Love You´s”e ela interpretou ao vivo Train In Vain. O disco vendeu mais de 8 milhões de cópias mundo a fora. E mais uma vez não houve excursão promocional, apenas um show no Central Park que foi registrado em DVD, junto uma entrevista e mais 3 video clipes no pacote a musa mais uma vez retorna ao lar e concebe sua segunda filha Tali. Em 1999 o Eurythmics justo dez anos afastados lançam um disco (Peace) e uma tour mundial em prol da Anistia Internacional e Greenpeace sela a década de 90. A produção do disco e show também ficaram a cargo do Stephen Lipson.




       
     Justo após 11 anos de Diva, Annie sofre com a dor da separação em seu casamento de 10 anos com o cineasta irlandês, Uri Frutchman e comete um dos seus trabalhos mais orgulhosos, Bare (2003), onde uma mulher fragilizada, mas não totalmente destruída entoa cantos com desfecho desastroso de forma graciosa que, por vezes, soa como sussurros encantadores (versos como “...para te fazer me notar me transformei em alguém que odeio – Honestly). O disco foi aclamado imediatamente pela crítica especializada e, mesmo num mercado saturado e em crise, vendeu 826.000 cópias. Uma tour chamada Solo (2003) seguiu pela Europa, lotando teatros e encerrou a parceria de Annie e Stephen, onde o mesmo afirmou ser o melhor trabalho da cantora. Uma edição limitada que conta com um DVD traz duas músicas dos ensaios para a turnê e uma entrevista onde ela fala sobre o processo de gravação do disco, bem como seu envolvimento com o público, expectativas e retorno esperado. Houve também nesta época uma exposição de fotos feitas por ela em parceria com o fotógrafo Alan Martin, onde uma Annie aparecia nua e disposta a correr novos riscos e se reconectar ao seu público.


P.S. : no dia 09 de Junho deste ano, Bare completa 10 anos!!!




Nenhum comentário:

Postar um comentário